TERMÔMETRO TRIBUTÁRIO NO BRASIL: QUEDA DE TEMPERATURA EM 2016 COMO EM 1992
Resumo
O termômetro tributário é uma medida que antecipa e aproxima a evolução e o tamanho da carga tributária bruta global. A soma do arrecadado pelos maiores tributos no Brasil decresceu em ritmo mais acelerado no primeiro semestre de 2016. Considerada a variação real acumulada nos últimos doze meses, a queda observada ocorre desde novembro de 2014 e chega a -6,7% ao final de junho deste ano, a taxa mais negativa observada desde setembro de 1992 (curiosamente, quando iniciado o processo de impeachment do presidente Collor). A temperatura marcada nesse agregado chegou a 27,42% do PIB, de modo que, extrapolada, é projetada uma carga bruta anual de 33,2% do produto, que retrocederia ao nível observado em 2002 (depois do recorde de 34,7% em 2005) – sempre lembrando que, depois da revisão das contas nacionais, mudou a tendência histórica da carga. Entre os tributos acompanhados, a maior queda real anualizada foi observada nas receitas previdenciárias (-7,4%), seguida das demais receitas federais administradas (-7%).
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