CONSTITUCIONALISMO DEMOCRÁTICO E SEUS ELEMENTOS INTEGRADORES PARA CONFORMAR UMA CULTURA CONSTITUCIONAL ATRAVÉS DO “DIÁLOGO DEMOCRÁTICO”: EFEITOS SISTÊMICOS DE TRANSFORMAÇÕES NO CONTEXTO SOCIAL
Palavras-chave:
Identidade constitucional, Cultura constitucional, Diálogos democráticosResumo
O estudo da identidade vai aproximar à cultura social de um grupo, entretanto esta cultura só vai ter significado para a sociologia do direito constitucional, na medida em ela esteja representada na ideologia daquela constituição. Uma das problemáticas a se enfrentar é optar pelos vários aspectos da realidade, uma vez quem nem todas estarão devidamente representadas no mínimo cultural. E este é um desafio que se pretende aspirar com o ideal do “constitucionalismo democrático, o reforço do signo de legitimidade da carta fundamental para formação da identidade e da cultura constitucional, principalmente em um ambiente constitucional em crise. E neste sentido é preciso compatibilizar a união entre a constituição e a narrativa do universo que rege uma determinada coletividade. A imposição feita exclusivamente pela via jurisdicional, como aposta o neoconstitucionalismo, não é capaz de promover a emancipação das pessoas constitucionais. O “diálogo democrático” é uma ferramenta por excelência para a resolução das questões objetivas e subjetivas, principalmente quando já instaurada a crise. A visão dialética cogitada pelo “constitucionalismo democrático” é essência e construto que decorre da autoridade constitucional, o que pode resultar em nova contestação e novo dissenso. E isso reflete o viver constitucional, que está desconectado da visão juriscêntrica, e que não nega que outras autoridades possam definir e atualizar o significado constitucional.Downloads
Referências
BARROS, Robert; et al. Workshop on Constitution Building Processes. In: PRINCETON WORKSHOP ON CONSTITUTION BUILDING, 2007, Nova Jersey. Proceedings … Bobst Center for Peace & Justice, Princeton University, International IDEA, p.40.
BATEUP, Christine A. The Dialogic Promise: Assessing the Normative Potential of Theories of Constitutional Dialogue. New York University Public Law and Legal Theory Working Papers, 2005, p.1-85. Disponível em < http://lsr.nellco.org/nyu_plltwp/11>. Acesso em 13 de out de 2014.
BENHABIB, Seyla. On Michel Rosenfeld’s The Identity of the constitutional subject. Cardozo Law Review, Vol. 33, 2011, p.1889.
BICKEL, Alexander. The least dangerous branch: the supreme court at the bar of politics. New Haven: Yale University Press, 1986.
COVER, Robert M. The Supreme Court, 1982 term - Foreword: nomos and narrative. Harvard Law Review, vol. 97, 1983, p. 4.
DEVINS, Neal; FISCHER, Louis. Judicial Exclusivity and Political Instability. Virginia Law Review, v. 84, 1998, p.83-106 Disponível em < http://scholarship.law.wm.edu/facpubs/445>. Acesso em: 05 mai 2015.
FRIEDMAN, Barry. The politics of judicial review. Texas Law Review, v.84, n.2, p.257-337, Dec. 2005. Disponível em < http://lsr.nellco.org/nyu_plltwp/16 >. Acesso em: 05 mai 2015.
GOUVÊA, Carina Barbosa. As intervenções da ONU no processo de constitution-making nos estados em transição política: o papel das nações unidas no resgate da ordem democrática. Curitiba: Juruá, 2016.
MARTINEZ, Gregório Peces-Barba. Curso de Derechos Fundamentales – teoria geral. Madrid: Universidad Carlo III de Madrid, Boletín Del Estado, 1999.
MAZZONE, Jason. The creation of a constitutional culture. Tulsa Law Review, V. 40, 2005, p. 672. Disponível em <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=831927>. Acesso em 18 de mai. de 2015.
MINOW, Martha. Constituting Our Constitution, Constituting Ourselves: Comments on Reva Siegel's Constitutional Culture, Social Movement Conflict and Constitutional Change. California Law Review, Vol. 94, 2006, p. 1455-1463.
POST, Robert C.; SIEGEL, B. Reva. Democratic Constitucionalism. In: BALKIN, Jack M. ; SIEGEL, Reva. (Ed.) The Constitution in 2020. Oxford University Press, 2013, p. 26. Disponível em < http://www.constitution2020.org/chapters/3_Democratic%20Constitutionalism.pdf>. Acesso em 15 de jun. de 2104.
PRUITT Bettye; THOMAS, Philip. Diálogo democrático um manual para practicantes. Agencia Canadiense de Desarrollo Internacional (ACDI), Instituto Internacional para la Democracia constituição la Asistencia Electoral (IDEA), Secretaría General de la OEA (SG/OEA), Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD), 2008, s/p.
ROSENFELD, Michel. A identidade do sujeito constitucional. Trad. Menelick de Carvalho Netto. Belo Horizonte: Mandamentos Editora, 2003, p. 22-23.
_____. The Constitutional subject, its other, and the perplexing quest for an identity of its own: a replay to my critics. Cardozo Law Review, Vol 358, 2012, p. 1961.
SANTOS, Rodrigo Victor dos. Cláusula do não obstante: uma alternativa ao modelo institucional vigente. Revista do Instituto do Direito Brasileiro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - RIDB nº 9 – 2013, p. 10285-10313. Disponível em < http://www.idb-fdul.com/uploaded/files/2013_09_10285_10313.pdf >. Acesso em 04 de maio de 2015.
SILVA, Cecília de Almeida; MOURA, Francisco; BERMAN, José Guilherme; VIEIRA, José Ribas; TAVARES, Rodrigo de Souza; VALLE, Vanice Regina Lírio do. Diálogos institucionais e ativismo. Curitiba: Juruá, 2010.p. 95.
SIEGEL, Reva B. Constitucional culture, social movement conflict and constitucional change:the case of the facto ERA. Yale California Law Review, Vol. 94, 2006, p. 1323-1419. Disponível em < http://digitalcommons.law.yale.edu/cgi/ viewcontent.cgi?article=2125&context=fss_papers >. Acesso em 30 de maio de 2015.
VALLE, Vanice Regina Lírio do. Notas de aula – Grupo de pesquisa Novas Perspectivas em Jurisdição Constitucional/UNESA. Rio de Janeiro: Universidade estácio de Sá, 26 de maio de 2015.
_____; PULCINELLI, Eliana; MANEIRO, Renata Jaber (Coord.). Contestação, persuasão e consenso no STF: construindo um constitucionalismo democrático. Rio de Janeiro: Gramma, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O(s)/A(s) autores(as) dos manuscritos submetidos concorda(m) com as regras a seguir:
1) Todos os autores e autoras participaram do trabalho, são responsáveis pelas ideias e conceitos nele emitidos e atestam sua conformidade com os princípios éticos exigidos.
2) Todos os autores e autoras concordam com a forma final do trabalho e em ceder os direitos para publicação nos canais de publicação da Escola de Direito do IDP.
3) Todos os autores e autoras informam que o manuscrito é de sua autoria e assumem a responsabilidade pelo trabalho, declarando que a obra a ser publicada não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
3.1) Em caso de submissão simultânea, além da reprovação imediata do artigo e comunicação ao(s) respectivo(s) periódico(s), a Revista Direito Público se reserva o direito de não receber novas submissões de todos os autores implicados pelo prazo de 2 (dois) anos, contado a partir da data de ciência do fato.
4) Todos os autores e autoras autoriza(m) a edição de seu trabalho e cede(m) à Escola de Direito do IDP os direitos de autor para reproduzir, editar e publicar ou veicular o citado trabalho em qualquer forma midiática, resguardada a autoria, em particular sob forma digital, em arquivo eletrônico online na Internet, bem como armazená-los em seu repositório de acordo com o desenvolvimento do processo editorial. Esta concessão não terá caráter oneroso para a Escola de Direito do IDP, não havendo remuneração sob qualquer modalidade pela utilização do referido material, tendo este o caráter de colaboração científica.